GSK reforça liderança em vacinas, inovação e sustentabilidade com investimento recorde no Brasil
A biofarmacêutica pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos nas áreas de Doenças Infecciosas, HIV, Oncologia e Respiratória/Imunologia.
Patrick Eckert, presidente da GSK Brasil.
Presente em mais de 75 países, a GSK tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para enfrentar doenças e ampliar o impacto na saúde global. A biofarmacêutica pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos nas áreas de Doenças Infecciosas, HIV, Oncologia e Respiratória/Imunologia.
No Brasil, é líder em HIV e Respiratória e uma das principais empresas em Vacinas. Em 2024, destinou R$ 42 milhões a 44 estudos clínicos no país, com mais de 780 voluntários, em áreas como HIV, vacinas, imunologia e oncologia. O resultado confirma a relevância do Brasil na geração de dados científicos e seu papel no pipeline global da empresa.
“Esses números mostram como o país contribui diretamente para acelerar avanços científicos que beneficiam pacientes em todo o mundo”, afirma Patrick Eckert, presidente da GSK Brasil.
No comando desde agosto de 2024, Eckert tem mais de 20 anos de experiência internacional em companhias como Novartis e Roche. Sua gestão reforça uma estratégia voltada à pesquisa e desenvolvimento, diversidade e inovação com foco em impacto real para pacientes.
A GSK também investe na construção de um ambiente de trabalho inclusivo. A equipe brasileira conta com mais de mil colaboradores, 55% mulheres e 52% em cargos de liderança. Em 2024, 38 profissionais ingressaram por meio de vagas afirmativas para pessoas negras, trans, não-binárias e com deficiência. Mais de 3 mil participações em ações de inclusão e segurança psicológica ajudaram a fortalecer a cultura de pertencimento.
O Brasil tem se consolidado como polo para ensaios clínicos. Como a GSK aproveita essa infraestrutura e quais investimentos estão sendo feitos?
O país reúne centros de pesquisa e hospitais de referência, além de uma comunidade científica qualificada. Em 2023 e 2024, investimos mais de R$ 78 milhões em pesquisa clínica, com 1,7 mil voluntários e parcerias com instituições acadêmicas e hospitalares. Cerca de 42% dos estudos em andamento no Brasil são em Oncologia, área em que o país lidera globalmente o recrutamento de pacientes.
Como a GSK Brasil utiliza inteligência artificial, big data e automação?
Aplicamos IA e big data em toda a jornada. Na pesquisa clínica, usamos modelos preditivos para selecionar centros, planejar recrutamentos e monitorar segurança. Nas operações, empregamos análise de dados e automação para prever demandas e reduzir desperdícios. Também ampliamos canais digitais com profissionais de saúde, como o GSK ON, que oferece informações segmentadas e personalizadas.
Como a GSK fortalece sua cadeia de suprimentos no Brasil?
A estrutura logística da empresa é baseada em fornecedores qualificados, estoques de segurança e rastreabilidade em tempo real. Investimentos em automação e análises preditivas ajudam a antecipar variações de demanda e garantir continuidade no fornecimento de vacinas e medicamentos, mesmo diante de desafios globais.
Quais são as principais frentes de P&D no Brasil e sua contribuição ao pipeline global?
O Brasil é uma das dez principais operações da GSK no mundo. Em 2024, a companhia investiu globalmente £6,4 bilhões em P&D, com um pipeline de 71 vacinas e medicamentos — 19 em fase de registro. No Brasil, foram R$ 42 milhões aplicados em 44 projetos, envolvendo 781 voluntários e 300 centros parceiros. O país participou de 42% dos estudos globais de Oncologia da GSK.
Quais iniciativas de sustentabilidade se destacam no Brasil?
Nosso compromisso é atingir neutralidade de carbono até 2045 e reduzir pela metade o impacto ambiental até 2030. No Brasil, já operamos com frota 100% verde, projetos de eficiência energética e ações de compensação e reciclagem de embalagens em parceria com a eureciclo. Essas iniciativas reforçam a conexão entre saúde humana e planetária, princípio central da nossa atuação.
A GSK é reconhecida mundialmente pelo desenvolvimento de vacinas e terapias inovadoras. Quais são hoje as principais frentes de pesquisa e desenvolvimento no Brasil e como o país contribui para o pipeline global da companhia?
O Brasil é uma das dez principais operações da GSK no mundo e desempenha papel estratégico em Pesquisa & Desenvolvimento. Em 2024, investimos globalmente cerca de £6,4 bilhões em P&D, sustentando um pipeline robusto de 71 vacinas e medicamentos (19 em fase de registro) nas nossas quatro áreas de atuação: Vacinas, HIV, Oncologia e Imunologia/Respiratória.
No Brasil, foram destinados mais de R$ 42 milhões em 44 projetos, envolvendo 781 voluntários e 300 centros parceiros. O país teve papel central em Oncologia, participando de 42% dos estudos globais conduzidos pela companhia nessa área.
Esses números mostram não apenas a relevância da ciência conduzida aqui, mas também como o Brasil contribui de forma direta para acelerar avanços científicos que beneficiam pacientes em todo o mundo.
A GSK assumiu compromissos ambiciosos de neutralidade de carbono e de redução de impacto ambiental. Quais iniciativas no Brasil merecem destaque e como elas dialogam com a agenda global de sustentabilidade da empresa?
Nosso compromisso é atingir net zero em carbono até 2045 e reduzir pela metade nosso impacto ambiental até 2030. No Brasil, já avançamos com uma frota 100% verde, projetos de eficiência energética em nossas operações e a compensação e reciclagem de embalagens em parceria com a eureciclo.
Essas iniciativas locais estão totalmente alinhadas à nossa estratégia global de sustentabilidade e refletem uma convicção central da GSK: saúde humana e saúde planetária caminham juntas. Por isso, trabalhamos com responsabilidade em toda a cadeia de valor, do desenvolvimento de produtos à logística e distribuição.
Em um país com grandes desafios de cobertura e acesso, como a GSK enxerga a evolução da parceria com o SUS e, ao mesmo tempo, a expansão de soluções para o mercado privado, equilibrando preço, qualidade e inovação?
O SUS é um parceiro fundamental da GSK e desempenha um papel essencial para a saúde pública brasileira. 7 em cada 10 vacinas aplicadas no Brasil são de origem GSK e 11 das 19 doenças do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são combatidas com vacinas da GSK. Ao mesmo tempo, estamos ampliando soluções no mercado privado, com foco em qualidade, inovação e modelos de acesso que equilibrem custo e valor. Acreditamos que a integração entre o sistema público e o privado é fundamental para ampliar a cobertura e garantir sustentabilidade ao sistema de saúde, sempre com o paciente no centro.
Em outro sentido, a Lei de Pesquisa Clínica, que completou um ano em 2024, também deve fortalecer ainda mais a participação do Brasil em estudos globais, tornando o país ainda mais competitivo e relevante no cenário internacional. Outro exemplo concreto de incentivo à Ciência é o CRIO (Centro de Pesquisa em Imuno-Oncologia), no Einstein Hospital Israelita, fruto de parceria com a FAPESP dentro do programa Trust in Science, que já destinou mais de R$ 55 milhões à pesquisa. O CRIO acaba de ampliar seu escopo para tumores como próstata, endométrio e mieloma múltiplo, reforçando como a cooperação entre indústria, academia e setor público é essencial para acelerar a inovação científica.
O bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e Reino Unido ressalta a importância da cooperação bilateral. Que projetos de parceria a GSK tem desenvolvido com universidades, centros de pesquisa e instituições britânicas para acelerar a inovação em saúde?
Temos orgulho de ser uma companhia de origem britânica com mais de 115 anos de atuação no Brasil. Essa história nos coloca em posição única para fortalecer a ponte entre os dois países. Um exemplo é o programa Trust in Science, que conecta pesquisadores brasileiros e britânicos em projetos de ponta, como o CRIO no Einstein, referência em imuno-oncologia.
Também colaboramos com instituições como Butantan e Bio-Manguinhos em projetos de transferência de tecnologia que ampliam a capacidade científica e de acesso. Essa rede de cooperação internacional é essencial para acelerar a inovação em saúde e garantir que os avanços resultem em impacto concreto para pacientes no Brasil e no mundo.
Como a GSK equilibra sua atuação entre o SUS e o mercado privado?
O SUS é um parceiro estratégico. Sete em cada dez vacinas aplicadas no Brasil são da GSK, e 11 das 19 doenças do Programa Nacional de Imunizações são combatidas com vacinas da companhia. Ao mesmo tempo, ampliamos soluções no setor privado, com foco em qualidade, inovação e modelos de acesso que equilibrem custo e valor. A nova Lei de Pesquisa Clínica também tende a fortalecer a participação brasileira em estudos globais. Um exemplo é o CRIO (Centro de Pesquisa em Imuno-Oncologia), criado em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e a FAPESP, que recebeu mais de R$ 55 milhões e recentemente ampliou seu escopo para tumores de próstata, endométrio e mieloma múltiplo.
O bicentenário das relações entre Brasil e Reino Unido reforça a cooperação bilateral. Quais iniciativas se destacam?
A GSK tem mais de 115 anos de presença no Brasil. Programas como o Trust in Science conectam pesquisadores brasileiros e britânicos em projetos de ponta, como o CRIO. Também colaboramos com instituições como Butantan e Bio-Manguinhos em projetos de transferência de tecnologia que fortalecem a capacidade científica e ampliam o acesso à saúde.