Safra 2025/26 deve somar 354,8 milhões de t e ficar 0,82% acima do ciclo 2024/25, diz Conab
A produção brasileira de grãos na safra 2025/26 está estimada em 354,8 milhões de toneladas, segundo o 2º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 13. O volume é praticamente estável em relação à primeira estimativa da estatal, que indicava 354,71 milhões de toneladas. Em relação à safra 2024/25, consolidada em 351,93 milhões de toneladas, houve avanço de 0,82%.
A área plantada em 2025/26 deve ser 3,3% maior em relação a 2024/25, alcançando 84,4 milhões de hectares no ciclo atual. A produtividade média nacional está projetada em 4.203 quilos por hectare, com base em análises estatísticas e previsões climáticas. A Conab, contudo, alerta em nota que as condições do tempo seguem sendo um fator de risco importante. Episódios de irregularidade de chuvas em Mato Grosso e Goiás, além de excesso de precipitação e ventos fortes no Paraná, estão sendo monitorados de perto pela estatal.
Principal cultura do País, a soja deve registrar novo recorde de área plantada, com 49,1 milhões de hectares, um crescimento de 3,6% em relação à safra anterior. A produção está estimada em 177,6 milhões de toneladas, ou 3,56% mais ante os 171,5 milhões de toneladas colhidas em 2024/25.
Segundo o Progresso de Safra da Conab, o ritmo de plantio está dentro da média dos últimos cinco anos, mas mais lento que o observado em 2024/25, especialmente em Goiás e Minas Gerais, onde a falta de chuvas atrasou a semeadura. Em Mato Grosso, o maior produtor nacional, o avanço das lavouras ocorreu em condições climáticas instáveis, afetando a germinação e o estabelecimento inicial das plantas.
Já o milho, somando as três safras, deve alcançar 138,8 milhões de toneladas, uma redução de 1,6% frente ao ciclo anterior. Na primeira safra, a área plantada cresce 7,1%, com produção prevista de 25,9 milhões de toneladas. O plantio já cobre 47,7% da área estimada - índice ligeiramente superior à média dos últimos cinco anos. A Conab destaca que baixas temperaturas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul retardaram o desenvolvimento inicial das lavouras, e que chuvas e granizo no Paraná ainda podem afetar parte da produção.
A produção de arroz deve atingir 11,3 milhões de toneladas, uma queda de 11,5% em relação à safra anterior, devido à redução de área. No Rio Grande do Sul, responsável pela maior parte da oferta nacional, o plantio já alcançou mais de 78% da área prevista, embora o excesso de chuvas tenha atrasado a entrada das máquinas em algumas regiões. Para o feijão, a Conab projeta colheita total de 3,1 milhões de toneladas, praticamente estável. A primeira safra apresenta queda de 7,3% na área, totalizando 841,9 mil hectares e produção de 977,9 mil toneladas.
Entre as culturas de inverno, o trigo deve somar 7,7 milhões de toneladas na safra 2025, que ainda está sendo colhida. Apesar das condições climáticas favoráveis, a redução no uso de insumos, como fertilizantes e defensivos, comprometeu parte do potencial produtivo, resultando em espigas menores. No Paraná, as fortes chuvas de novembro podem afetar as lavouras ainda em campo.
A Conab projeta consumo interno de milho de 94,6 milhões de toneladas na safra 2025/26, alta de 4,5% sobre o ciclo anterior, impulsionado pela maior demanda para etanol de milho. As exportações devem atingir 46,5 milhões de toneladas, sustentadas pelo bom excedente produtivo.
Para a soja, o cenário é positivo: a estatal prevê exportações recordes de 112,1 milhões de toneladas, aumento de 5,1% em relação à safra passada, favorecidas pela menor oferta dos Estados Unidos e maior demanda global. O esmagamento interno deve chegar a 59,4 milhões de toneladas, alta de 1,4%, refletindo o crescimento da mistura obrigatória de biodiesel e da demanda por proteína vegetal.
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