Fazenda reduz projeção do IPCA de 2025 de 4,8% para 4,6%
O Ministério da Fazenda diminuiu a sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, de 4,8% para 4,6% - ligeiramente acima do teto da meta, de 4,5%. Para 2026, a projeção passou de 3,6% para 3,5%, ainda maior do que o centro do alvo, de 3%.
As informações foram divulgadas no Boletim Macrofiscal, publicado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) nesta quinta-feira, 13.
A revisão na projeção para 2025 repercute os efeitos defasados do real mais apreciado nos preços e a inflação menor do que a esperada no atacado agropecuário e industrial, além do excesso na oferta de bens em escala mundial como reflexo de mudanças no comércio internacional, diz a SPE. "Nos últimos meses, a menor expectativa de inflação pode ser associada ainda à desaceleração no ritmo de crescimento econômico", afirma.
Segundo a secretaria, esse vetor também contribuiu para reduzir a estimativa para a inflação da média das cinco principais medidas de núcleos neste ano, de 4,9% para 4,7%.
Essas projeções consideram bandeira tarifária amarela para energia elétrica em dezembro. Caso a bandeira seja verde, crescem as chances de a inflação ser dentro do intervalo da meta ainda em 2025, pondera.
Já as estimativas para o IPCA 2026 e 18 meses à frente consideraram os efeitos inerciais e defasados da política monetária, além de definições de reajustes para alguns itens monitorados. "Para o horizonte relevante da política monetária, no segundo trimestre de 2027, a expectativa é de que a inflação recue para 3,2%. Em seguida, projeta-se inflação convergindo para a meta", diz.
A projeção da Fazenda para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2025 diminuiu de 4,7% para 4,5%.
Para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), caiu de 2,6% para 1,4%.